domingo, 3 de junho de 2007

De vuelta al Faro del Puerto...

Agora, fui me despedir de outro amigo: o mar. Decidi voltar ao farol também com a intenção de ver novamente Nancy, Frederico e Matias. Porém, não tive sucesso em encontrá-los. Mas valeu a pena pra ver o mar pela última vez, testemunhando também as pescarias que ali aconteciam. Comecei a voltar ao centro. A Plaza Independencia estava interditada por causa do ato que aconteceria esta noite. Nós, pedestres, tivemos que fazer a volta pela rua de trás. O pior é que meus pés doíam muito de tanto andar. Quando finalmente cheguei no hotel, tratei de tirar os sapatos para enfim descansar da longa caminhada. Planejava ir ao grande ato dessa noite: o pronunciamento público de Tabaré Vázquez. Seria interessante ver isso...

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Cafe Central: El Primer y El Ultimo Almuerzo

Deveria encerrar minhas atividades gastronômicas em alto estilo. Sendo assim, nada melhor do que ir novamente ao Cafe Central. Prato do dia: Pasta Lula, que é uma massa de panqueca com queijo e presunto dentro coberta com molho branco. Foi quando um dos que estavam sentados nas mesas me abordou e começou a falar comigo numa verdadeira salada de línguas: primeiro espanhol, depois inglês, depois um português arranhado, para finalmente terminarmos em inglês. O nome dele: Eduardo González. O papo acabou ficando tão interessante que combinamos de nos falarmos pelo MSN. Eu peguei o e-mail dele e vice-versa. Entre outras coisas, ele me disse ser marinheiro mercante e morar próximo a Miami. Ele é uruguaio, mas vem aqui só nas férias ou quando está viajando com escala aqui. Ele acabou o lanche dele e eu mal tinha começado a almoçar. Foi então que nos despedimos, prometendo comunicarmo-nos. Após o almoço, seguido de um flan com maçãs e de um delicioso capuccino, me despedi também das simpáticas atendentes do cafe Central, agradecendo a elas toda a atenção dispensada à minha pessoa. Fui a uma lan house matar saudade dos amigos e finalmente voltei ao hotel para um breve descanso.

Viernes: ¿Tengo mismo que decirte adios?

02 de março. Sexta feira. Meu coração sente muita saudade do Brasil, mas ao mesmo tempo com uma angústia por ter que deixar Montevideo. A impressão que eu tenho é de que morei aqui minha vida inteira... sei lá, acho que é algo que a gente carrega dos antepassados no DNA, ou coisa do gênero. O caso é que vou sentir muita falta também de Montevideo, uma cidade apaixonada e apaixonante. Já começo a resignar-me, não sem dor, "por supuesto". O café hoje já foi em um tom bem melancólico. Quase não falei com as serventes. Fui dar uma volta pra comprar refris de pomelo no supermercado. Dois pequenos pra tomar na viagem e um grande pra levar ao Brasil. Depois de ter deixado os refris no hotel, fui para meu último almoço aqui...

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Contraste Social em Montevideo

Chega a impressionar às vezes como podem ter lugares ricos ao lado de outros completamente miseráveis. E tirei duas fotos pra demonstrar bem isso:
De um lado, um prédio caindo aos pedaços, com vidraças quebradas, sujo, aspecto bastante envelhecido, pintura desgastada pelo tempo, nenhum carro estacionado... se não fossem as pessoas nas janelas e as roupas penduradas nos varais instalados nelas, diria tratar-se de um prédio abandonado.Bem ao lado deste lastimável condomínio, está outro bem vistoso, com diversos carros estacionados, fachada preservada com presteza, típico condomínio de classe média alta. É, meus amigos... e eu ingenuamente pensando que estas coisas só existiam no Brasil... lêdo engano da minha parte! Assim como nós, o Uruguai necessita melhorar a distribuição de renda e a geração de empregos. Também é abismante a quantidade de pessoas que exercem atividades informais. Desde panfleteadores até vendedores ambulantes. Tem uma porção deles aqui na 18 de Julho. Nos panfletos, anúncios que vão de instituições financeiras a puteiros. Nos comércios ambulantes, temos de garrapiñadas (o amendoim caramelado daqui) até pequenos estandes de souvenirs. Assim como os brasileiros, eles sabem ser criativos em tempos de crise...

¡Lluvia Subita!

Depois do almoço, fui a uma lan house para dar aquela faxinada básica nos e-mails e no orkut, bem como para falar com quem estivesse online. De repente, ouço um barulho como se fosse um trovão, mas não dei muita importância. Somente quando saí da lan house me dei conta de que aquilo foi mesmo um trovão. caía uma tromba d'água lá fora. O jeito foi esperar a chuva aliviar e me mandar pro hotel, onde acabei ficando praticamente todo o restante da tarde, dormindo. Quando acordei, estava entardecendo. Fui então conferir se o discurso do presidente iria acontecer. Afinal de contas, a chuva já havia passado. Porém, o ato acabou sendo suspenso, pois o tempo ainda não tava com uma cara muito bonita pra arriscar assim. O povo também havia ficado intimidado com o mau tempo e dificilmente compareceria. Nem tinha muita gente na rua. O jeito era voltar pro hotel. Nada de novo...

Jueves: Faz uma Semana... Passou rápido...

1º de março. Quinta feira. Hoje a temperatura está meio indecisa. Choveu à noite e agora de manhã está raiando um sol tímido atrás das nuvens. Hoje está para acontecer um dos maiores eventos da história uruguaia: pela primeira vez, um presidente uruguaio fará um pronunciamento público na Plaza Independencia para prestar contas do seu mandato presidencial. Os jornais aqui de Montevideo não falam em outra coisa. Fazem uns dois ou três dias que estavam montando um palanque na praça, mas eu sequer desconfiaria que era para isto. Seria muito bom se o Lula fizesse a mesma coisa que seu colega Tabaré. Quem sabe... milagres acontecem! Se bem que o Lula teria que explicar muita coisa sobre o mensalão, o caixa dois, o apagão aéreo... entre outros itens. É, vai ser difícil o presidente brasileiro ter o mesmo peito do colega uruguaio...

sábado, 14 de abril de 2007

Librerías: Muchas Cosas... y Nada!

Saí depois do café para percorrer as livrarias da Avenida 18 de Julho. Todas bem vistosas, recheada de livros nas prateleiras, espaço para jogar xadrez ou desgustar um café... Lugares de muito bom gosto, realmente. E eu estava crente que tinham alguns livros que eu queria, como um do Robert Alexy que só possui tradução para o espanhol "Teoría de los Derechos Fundamentales". Nada. Nem nas livrarias jurídicas especializadas. Foi então que decidi buscar um best-seller bem atual. "O Monge e o Executivo", de James Hunter. Claro, como este livro tem tradução para o português, eu apenas iria ver se tinha. Digamos que eu estava fazendo um pequeno teste. E não encontrei em nenhuma livraria. NENHUMA. Foi quando comecei a lamentar profundamente que lugares tão agradáveis infelizmente não possuam obras tão eruditas ou best-sellers. É uma pena...